A arte nasceu um dia,
Descalça e sem ninguém.
Arte foi a natureza,
Do mundo de alguém.
Criança do elenco da arte,
Entusiasta enlouqueceu,
Quando imagina numa noite,
Um monstro como eu.
Trágico homem da terra,
Por oceanos nunca desbravados,
Foi vivendo maus tempos,
Que em versos os narrara.
A melodia da dor, ou da alegria,
Os traços de um cinzel, ou pincel,
Num painel, num palco, ou numa tela.
É a representação natural de um papel.
Papel em cinzas se transforma,
Como o castiçal que os elaborou.
Artista que imortal nunca se mostrou,
Além das obras em que viajou.
Pasmados os homens ficaram,
Quando a verdadeira arte, os sobressaltou,
A natureza da vida,
Que o único artista, elaborou!
Cristóvão Marquez
11-05-1990